As buscas pelos cinco desaparecidos no desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que conecta Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), foram suspensas nesta quinta-feira, 2, devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito. Essa medida é necessária para regularizar o volume de água represado no rio Tocantins, após as intensas chuvas que atingiram a região.

Enquanto a situação não se estabiliza, as buscas continuam com o uso de embarcações e monitoramento aéreo, mas não há previsão para a retomada total das operações.

Desde o início das operações de resgate, que começaram após o desabamento em 22 de dezembro, já foram confirmadas 12 mortes. O colapso da ponte fez com que 10 veículos caíssem em um trecho de 120 metros da estrutura, equivalente à altura de um prédio de 40 andares. Entre os veículos submersos estavam quatro caminhões, três carros e três motocicletas.

As operações de resgate enfrentam desafios significativos, como baixa visibilidade e fortes correntezas no rio. No domingo, 29, um veículo de passeio foi identificado com pelo menos um corpo em seu interior, mas as condições adversas impediram a remoção imediata.

O governo federal anunciou, na terça-feira, 31, a contratação de um novo consórcio para as obras de reconstrução da ponte, com um investimento de R$ 171 milhões. O consórcio Penedo-Neópolis, formado pelas empresas Construtora Gaspar S/A e Arteles Construções Limitada, é responsável pela obra, que está prevista para ser concluída em dezembro de 2025.

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar as causas do colapso da ponte, enquanto o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) instaurou processos administrativos para analisar a manutenção da estrutura. Técnicos estão avaliando se falhas estruturais ou a sobrecarga de veículos contribuíram para a tragédia.